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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Amoras negras


Amoras negras        
Amoras doces
Amor às Negras     
Cheias de poses

O amor é negro
Cor dos  jambos
Não fechamos os olhos
Quando beijamos?

Jurandi Alves Siqueira

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Meu poema preferido



Vida de Moleque

Tá com medo tabarel?
É de linha de carretel!

Feita pra ventos fracos ou para ventos fortes
Venha me cortar, se tu tens sorte!

Venha, vamos cruzar!
Tá com medo?
Vamos torar?

Vem vento catinguelê
Cachorro-do-mato quer me morder.

Sou bom de bola e de rasteira.
Rodo pião, planto bananeira
Brinco de toda brincadeira,
Mas a cafifa é a primeira.

São várias as voadeiras:
Cafifa ou pipa, papagaio, baratinha,
Arraia, pião, morcego e cortadeira.
E assim foi a minha infância inteira.

O empinar uma pipa, botar cafifa no alto
É coisa de criança travessa,
Lá do morro ou do asfalto.


Soltar cafifa,
É coisa séria e importante
Você ligado por uma linha ao seu coração
Tão distante.

A pipa vai subindo. A linha você vai dando
E a tal adrenalina, aos poucos aumentando
É que há um misto de risco e prazer
Na medida que ela, de vocêVai se distanciando.

Cafifa cortada, pipa voada.
O coração em desespero:
É minha, peguei primeiro!

Majestosa ela voa lá no céu.
Bela, fascinante, cheia de linha!
Me faz lembrar de uma época tão boa.
A bela época, da infância minha.

Tá com medo tabarel?
É de linha de carretel!
Vem vento catinguelê
Cachorro-do-mato quer me morder




domingo, 21 de agosto de 2011

Poemas ao vento

Vento
Sopro divino
Transporta o ar
Ideias, pensamentos
Voz de um cantar
Choro de lamentos


II

Apressado
nas asas do vento
o tempo voa
Por entre meus dedos
meu  tempo, lamento
escoa

Jurandi Alves siqueira

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O Tempo

O tempo me tomou muitas coisas...

O corpo pequeno de menino
O rosto alegre, sempre sorrindo
e  uma grande dose de ingenuidade.

Encurtou roupas que eu gostava
Apertou o patins que eu adorava

Tornou pequena, minha bicicleta, antes tão grande.
Desapareceu com os meus velhos professores
Com os médicos de família
Com meus primeiros amores.

Tentou matar minh’alma de poeta
Mas acabou, não sei como, sendo vencido.

O tempo é indomável,  implacável, mas também generoso

Emprestou-me, por algum tempo,
um corpo maior, mais vigoroso.

Acabou com cataporas, coqueluches
e aquele medo horrível de ficar no escuro.


Curou as feridas das quedas do patins.
Transformou a ingenuidade em prudência.

Diminuiu minha ansiedade
Deu-me um pouco de paciência.

É certo que nunca mais tive um cão igual
Nem tenho hoje um país tão sério.

Mas o tempo é assim mesmo...
Tem seus mistérios.

Jurandi Alves Siqueira


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Um poema


A MALETA

Lembro de quando criança
Guardava numa maleta
Sonho e esperança
Que tinha na cabeça

Arrastava-a com todo cuidado
Parecia meu travesseiro
Quando estava preocupado
Ela sabia primeiro 

Não era assim tão nova
Muito tinha viajado
Suas marcas davam provas
De quanto tinha andado

Às vezes nas tardes chuvosas
Em casa, tinha que ficar
Ela sempre generosa
Abria-se pra eu brincar

Tirava cadernos e livros
Bilhetes ali jogados
Com irmãos ou amigos
Brincava sossegado


Um dia sem me perguntar
Dela tudo tiraram
E quando fui procurar
No lixo a tinham jogado

Disseram que estava velha
Uma mochila eu ia ganhar
Escondido chorei por ela
Que um dia me ensinou a pensar

Pra onde ela foi eu não sei
Só sei que o tempo corre
Nunca esqueci o que sonhei
Esperança, a última que morre.

Jurandi Alves Siqueira






















sábado, 13 de agosto de 2011

HAICAI


E' sempre assim
nas tardes de outono
morro de sono


Se você gostou e quer conhecer um pouco mais sobre haicai, faça um comentário.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

T E A T R O


Grupo Atrium de Teatro da Loja Rosacruz Niteroi - AMORC - Breve no calendário cultural da cidade.